Contribuição da colega Aline Miranda - 15/04


Desejos
 
Desejos são feitos para buscar um objetivo. Enquanto desejamos estamos correndo atrás, porém sem desejo nada faz diferença. O ser humano necessita desejar, necessita ser desejado. O professor deseja? Claro que sim. Talvez nem saiba o que, mas quando entra na sala de aula acaba percebendo claramente que seu desejo é que sua aula seja aceita pelo grupo de alunos. Para que seja aceito deve falar de coisas que os que estão na sua frente desejariam conhecer. Raramente acerta! E por este motivo acaba desejando que os alunos saibam apenas repetir. Na visão do professor nada pode ser maior em importância que o assunto por ele escolhido. E é nesse ponto que aparecem os desgostos. Tão importante quanto os desejos, os desgostos mostram que o professor deve repensar sua atividade.
Observando

Não há nada mais fácil que observar! Se todas as pessoas observassem mais e falassem menos, teríamos uma grande probabilidade de destruir o planeta de uma forma menos eficaz que as de hoje em dia. É só olhar ao nosso redor; veremos o estrago irreversível que estamos fazendo.
Relações de Poder

Nada mais normal que conversar. O pai conversa com o filho, o vizinho com outro vizinho, o homem na fila com o seguinte, a pessoa que trabalha com a que esta sendo atendida. Na sala de aula o professor em diversas situações conversa com o aluno. Conversar é natural, porém muito antes de conversar está a relação de poder. Quando alguém impõe sua realidade está naturalmente mostrando que detêm o poder. E não há como dissociar a conversa dessa relação estabelecida. Na sala de aula podemos privilegiar a aula dialogada, que na maioria das vezes é um monólogo, ou a aula é 'debatida' que estimula a discussão e provoca os alunos, porém em nenhuma delas o aluno é ouvido como deveria. Isso ocorre pelo simples fato de que o professor não pode negociar saberes com o aluno. Sua posição de poder está de tal forma estabelecida, que nunca será questionado por um aluno. Será?

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