AULA 02/set - O que fica para nós sobre o filme Crianças Invisíveis?

***** Contribuição Renata Silva ********

Gostei muito da série de curtas "crianças invisíveis", com ele fica muito claro aos alunos que não existe apenas um tipo de infância. Além disso, podemos perceber que ser criança não significa ter infância. O curta que mais me tocou acredito que tenha sido o do Tanza, pois o menino com sapatos era um soldado, sem eles voltava a ser criança, como se isso fosse possível. Todos os curtas mostram uma difícil realidade das crianças, mexendo com as emoções dos que assistem.

***** Contribuição Ana Claudia Landi ********

Esse documentário mexeu muito com meu lado sentimental, fiquei bem triste com a realidade daquelas crianças, principalmente por ser a realidade de muitas crianças atualmente. 
O que mais me abalou foi o sentimento de impotência, de ver tudo aquilo e não achar maneiras de acabar com todo aquele sofrimento. Fui assistindo e comparando com as lembranças que tive das crianças que já conheci com esses mesmos problemas ou das noticias que vi nos jornais, essa relação foi me deixando com um sentimento muito forte de indignação. De saber que essas coisas podem estar acontecendo nesse exato momento, com milhares de crianças.

Acredito que um dos objetivos dos filmes, é deixar esse sentimento em quem assiste, essa vontade de fazer alguma coisa a respeito. Tornar essas crianças visíveis, mostrar suas realidades, para que a gente perceba que existem outras realidades, para que se faça alguma coisa. Nem que seja uma reflexão, por que assim, já estão mais visíveis perante nossos olhos.


***** Contribuição Stephanie Funck**********

O filme “Crianças Invisíveis” mostra-nos a dura realidade enfrentada por muitas crianças, de diferentes nacionalidades, que vivem expostas, vulneráveis e a margem de tudo o que há na sociedade, deixando para trás suas infâncias.

Através de histórias impactantes, dolorosas e, ao mesmo tempo, revoltantes, os diretores transmitem o quão violentadas, discriminadas, miseráveis e exploradas tem sido as vidas das crianças do mundo todo.

Acredito que este filme, ao ser criado, tinha como objetivo sensibilizar as pessoas que o assistissem, levando-nos a “abrir os olhos” para enxergar a realidade das infâncias que nos cercam. Crianças que até então tem sido “invisíveis” para a maioria da sociedade, pois muitas vezes estão escondidas atrás de máscaras de adultos, os quais, pouco tem feito para modificar este cenário.

Apenas pensar e refletir, sobre o filme, não adiantará de nada. Já está mais do que na hora de assumirmos uma posição, perante os fatos, contribuindo para que de fato eles venham a ser modificados. Chega de tentar tapar o sol com a peneira, fazendo de conta que todas as crianças têm uma infância feliz.


******* Contribuição Daniela Antunes**********

Observei no filme crianças invisíveis exatamente aquilo que os autores tentam nos mostrar, a invisibilidade da infância de muitas crianças. Realmente se chocamos em saber que crianças estão com armas em punhos fazendo a guerra, mas depois que a notícia acaba, desligamos a TV e vamos dormir, despreocupados. Ou aqueles que levam adiante, levam o fato para uma roda de conversa informal com vizinhos ou amigos, e todos se chocam com a noticia, e se dizem indignados e procuramos achar milhões de culpados pelo fato. Mas na realidade ninguém faz nada pra tirar as crianças daquela vida, é claro que eu sei que existem ONGs e a própria ONU que batem no peito e dizem números de quantos ajudaram, mas no fundo, todos sabemos que é apenas a ponta do iceberg.

As crianças estão ali, aos nossos olhos, mas não vemos elas. Costumamos levantar o som do nosso ipod quando alguma criança entra no ônibus vender doces, costumamos fechar os vidro do carro quando crianças fazem malabarismo em frente do semáforo, ou quando elas vendem as saquinhos de balas.

Costumamos, passear lá no centro, na rua da praia onde estão muitas crianças indígenas, muitas vezes em um dia de muito frio vemos estas crianças descalças e com pouca roupa, e não prestamos atenção nestas crianças, sempre estamos atrasados ou se não estamos, é mais cômodo olhar para as vitrines ao invés de enxergar o sofrimento. E quando enxergamos, nosso primeiro pensamento é de que os pais delas são os culpados, porque só sabem botar filho no mundo e não tem a consciência do dever deles para com o bem estar dos filhos. Enquanto passamos colocando um milhão de culpa nas costas do pais, as crianças continuam ali, sofrendo, e desamparadas.

Somos os primeiros a julgar os “ trombadinhas” “ ladrões de carteiras” e não compreendemos que os verdadeiros culpados são os pais destas crianças que muitas vezes o incentivam ao crime, então a criança que ainda não tem definido conceitos de certo e errado acaba fazendo coisas de que nós consideramos passíveis de cadeia, mas que a criança nasceu, cresceu e aprendeu a viver daquele modo.

Acreditamos que ao ver uma criança bem vestida e bem alimentada ela em tenha tudo que precisa. Esquecemos que muitas delas passam o dia todo longe de seus pais que trabalham muito, essas crianças também são abandonadas. Os pais delas compram carinho com presentes, se esquecem que a coisa mais importante é o afeto e que este não se compra.

Enfim, em todos os lugares do mundo há várias infância, e nós adultos apenas vemos aquela que queremos ver, e fechamos os olhos para tudo que nos desagrada. No filme eu até torcia para que a mãe da menina rica adotasse a menina pobre, mas esse seria um final feliz para aquele episodio, por um momento eu também esqueci que a vida não tem sempre finais felizes. Esqueci que na grande maioria da vida das pessoas o final é triste e doloroso.


******* Contribuição Ana Paula Brum Sena**********

O filme nos mostra muitas infâncias, diversas realidades e as conseqüências de cada uma delas. As crianças invisíveis são aquelas que vemos em uma infância muito distante daquela que dá à criança todos os cuidados merecidos e de direitos. As crianças merecem viver em um ambiente harmonioso e seguro. Merecem uma lei que proteja sua infância. Merecem um tempo para freqüentar a escola, para conviver com outras crianças e brincar. Esta é, para mim, a infância ideal.

O filme nos mostra que mesmo sem a infância ideal para uma criança viver e se desenvolver bem, as crianças têm outros tipos de infância. Portanto, como afirmar que ser criança não significa ter infância se cada criança tem a sua? 

******* Contribuição Saritha Braga de Quadros**********

Os sete trechos de filmes assistidos em aula, que retratam o modo de viver das crianças, apresentam algumas características diferentes, como o local onde vivem, a etnia, a condição social e as famílias, e ao mesmo tempo, essas crianças são tão iguais, nas perdas de suas infâncias.

O contraste em relação ao carinho recebido pelos seus cuidadores como no caso da Pequena Gatinha, por exemplo, onde as chinesinhas, pobre e rica, e a pequena mais humilde, tinha um enorme cuidado, e zelo de seu avô, mesmo nas condições mais críticas de pobreza, pois eram mendigos. Já a menina de boa família, que se sentia só, pois nem o carinho de sua mãe recebia. Outro exemplo que quero citar é o caso de Jesus Criança da América, em que a menina HIV positivo, tinha pais dependentes químicos, que tentavam como podiam cuidar de sua filha, e o preconceito que ela sofria pelo fato da sua doença.

Nessas infâncias acontecem a perda da inocência, pois desde muito cedo, essas crianças já resolvem seus problemas como adultos, enfrentado dificuldades ao extremo de sobrevivência, também à degradação das famílias, as humilhações sofridas. Essas crianças não podem ir à escola, a parques, se divertir. E alguns desses pequenos, tendo como única alternativa, o mundo do crime, outros vivem explorados à margem da sociedade.

******* Contribuição Vanessa Veríssimo Silveira **********

O que fica para nós, sobre o filme, é que ele nos toca fundo, mexe com nossos sentimentos, quando mostra essas “crianças invisíveis” e a vida que levam, se é que podemos chamar de vida. Elas sobrevivem! São crianças sofridas e excluídas, preparadas para matar sem medo, mas que também têm vontade de estudar; crianças que são ensinadas pelos próprios pais a roubarem, que apanhavam, e que preferiram fugir e ficar sozinhas; crianças sofrendo preconceitos na escola pelo vício de seus pais e pelas doenças herdadas deles; crianças catando latas, papelões e sucatas o dia inteiro, correndo riscos, para poder comer e que, mesmo assim, são felizes e brincam “trabalhando”; crianças que roubam para comer, se divertir e são assediadas por pedófilos; crianças que foram mortas nas guerras, sem piedade; crianças ricas, com brinquedos maravilhosos, solitárias e que sofrem com a indiferença dos pais; crianças abandonadas na rua, que são amadas e amam quem as acolheu, apesar das condições precárias e que ainda sonham em estudar; crianças exploradas por adultos, que as obrigam a vender flores em bares e esquinas.

Estamos tão ocupados com nossas vidas que olhamos essas crianças e jovens nas ruas, com naturalidade, mas não enxergamos suas realidades.

A maioria dessas “crianças invisíveis” não têm infância, independente da classe social em que estejam inseridas.

Em vista de tudo isso, queremos nossas crianças “visíveis”, felizes, brincando, sem responsabilidades de adulto, sem inversões de papéis!

Um comentário:

  1. Com as diferentes histórias mostradas no filme, pude refletir sobre como a sociedade, cultura e principalmente classe social, vêm influenciando a infância das crianças. As partes que mais me chamaram a atenção foi a história da Gatinha e do menino da África, que desejavam o mesmo, estar em uma escola... isso deveria ser uma obrigação da sociedade perante os cidadãos, não importando, raças ou classe social, pois se a educação fosse realmente presente em todos os lugares, principalmente em locais carentes não teríamos tantos marginais e pessoas fazendo tantas coisas absurdas para sobreviverem, acredito que cada um de nós, podemos começar com esses pensamentos em casa, e assim possamos passar a diante, porque um só não muda nada, mas todos unidos pela mesma causa, pode mudar sim! Sem educação não somos nada, é por isso que acredito na profissão de professor/educador, pois além de ser um trabalho, tem que ter o dom!!

    ResponderExcluir