Reflexões de final de semestre :)

O semestre terminou, mas as reflexões não...

* STEPHANIE FUNCK



"Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo"

Lulu Santos – Como uma onda no mar

Diante de uma rotina muito corrida, poder parar e refletir um pouco sobre questões relacionadas a educação e a nossa sociedade, foi fundamental ao longo deste semestre. Estes momentos proporcionados pelas aulas de seminário sem dúvida modificaram muitos pensamentos. Através do compartilhamento de experiências pudemos criar novas visões diante de situações diárias, convivendo com opiniões divergentes e construindo novas formas de pensar. Eu, particularmente, considero valiosíssimos momentos em que podemos conhecer as formas de pensar das pessoas, identificar o modo como elas veem as coisas, e assim foram as nossas aulas. 

“Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou”. 
(Heráclito)                

Ao longo do semestre, conheci uma nova forma de aula, a qual foi oferecida pelos professores: Carmen e Paulo, a qual desconhecia. Aulas inovadoras e, até certo ponto, intrigantes... me perguntava desde o primeiro momento, será que aprenderemos alguma coisa? Quebrou completamente com aquele “modelo” tradicional de aula que estávamos acostumados. E agora, posso dizer que aprendi e mudei muitas coisas diante destas experiências vividas ao longo deste semestre. 

Queria agradecer aos professores, e a todos os (as) colegas que geraram este convívio maravilhoso! 


* DANIELE BRAZ


Olá pessoal. Adorei a nossa amostra, acho que tinha tudo a ver com o que vimos no Seminário Educação e Sociedade, e a educação é um fato social. Mudei minha concepção de escola nesta disciplina e vi que não é só o professor que "professa", mas os alunos também e que temos muito a aprender com eles. Devemos trocar conhecimentos com nossos alunos.
"Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes.
Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão."
(Paulo Freire)

* GABRIELA SPIES

Pensar no semestre, me faz pensar em conhecimento, em tudo que foi trocado durante as aulas, nossos professores souberam fazer isso se tornar muito agradável. 

"Brincamos" com as palavras, cada aula foi uma descoberta de um mundo novo, como Estamira fala "[...]capturar a mentira e jogar na cara. Ensinar a eles o que eles não sabem.” 

Fomos quebrando as regras que nos são impostas, vendo que existe uma outra forma de aprender a educação e tudo que envolve ela. 

Gostaria, para finalizar, deixar um texto que me lembrou muito a Estamira e agradecer pelas ótimas manhãs de conhecimento que passei com todos. 

"Foram as suas ideias, professor, que permitiram a Lula, o metalúrgico, chegar ao governo. Isso nunca acontecera antes na história do Brasil e, quiçá na do mundo, exceto pela via revolucionária. (...) 
(...) A sua pedagogia, professor, permitiu que os pobres se tornassem sujeitos políticos. (...) Graças a suas obras, professor, descobriu-se que os pobres têm uma pedagogia própria. Eles não produzem discursos abstratos, mas plásticos, ricos em metáforas. Não moldam conceitos; contam fatos. Foi o senhor que nos fez entender que ninguém é mais culto do que outro por ter freqüentado a universidade ou apreciar as pinturas de Van Gogh e a música de Bach. O que existe são culturas paralelas, distintas, e socialmente complementares.
(...) O pobre sabe, mas nem sempre sabe que sabe. E quando aprende é capaz de expressões como esta que ouvi da boca de um senhor, alfabetizado aos sessenta anos. “Agora sei quanta coisa não sei”. (...) O senhor fez os pobres conquistarem auto-estima. Graças ao seus métodos de alfabetização, eles aprenderam que “Ivo viu a uva” e que a uva que viu e não comprou é cara porque o país não dispõe de política agrícola adequada e nem permite que todos tenham acesso a alimentação básica.
(...) Ao longo das últimas quatro décadas, seus “alunos” foram emergindo da esfera da ingenuidade para a esfera da crítica; da passividade à militância; da dor à esperança; da resignação à utopia. Convencidos pelo senhor de que são igualmente capazes, eles foram progressivamente ocupando espaços na vida política brasileira, como militantes das CEBs, do PT, do MST e de tantos outros movimentos.
Por este novo Brasil muito obrigado professor Paulo Freire. "
FREI BETTO    
* RENATA SILVA


O semestre foi muito enriquecedor no meu ponto de vista. Criei outra concepção de aprendizagem ao longo destes meses.
As conversas, debates, discussões muitas vezes me deixaram confusa, mas foi a partir dai que consegui trabalhar o raciocínio. 
Muito obrigada aos professores Carmen e Paulo. Espero encontrar com vocês ao longo do curso novamente. 

Muito obrigada pelo ótimo semestre, confesso que vou sentir saudades!!! Muitos beijos e abraços para a Carmen e ao Paulo
Gostei muito do modo como a aula é conduzida, esta sim eu diria que é uma "boa aula" como vimos ao longo do semestre.
Construíamos juntos uma aula maravilhosa, sei que nem todos os professores seguem este tipo de aula, mas pelo menos tive o privilégio de ter essa aula no primeiro semestre.
Nós alunos da faculdade de educação com certeza nos espelhamos naqueles professores que nos conquistam com as suas aulas. Posso dizer que vocês me conquistaram e seguirei o exemplo de vocês no futuro com meus alunos. Muito obrigada pelo maravilhoso semestre!!! Mil beijos.

* MONIQUE PENSKY

Foi pouco tempo mais valeu, vivi cada segundo... Quero o tempo que passou!

O seminário me fez refletir e ás vezes até me confundir! Com certeza foi uma TROCA, e não uma transmissão! E essa EXPERIÊNCIA levo comigo de agora em diante e espero compartilhá-la com minhas colegas!

"Se a experiência é o que nos acontece e se o saber da experiência tem a ver com a elaboração do sentido ou do sem-sentido do que nos acontece, trata-se de uma saber finito, ligado à existência de um individuo ou de uma comunidade humana partícula; ou, de um modo ainda mais explicito, trata-se de uma saber que revela ao homem concreto e singular, entendido individual ou coletivamente, o sentido ou sem-sentido de sua própria existência, de sua própria finitude." (LARROSA, 2002, p.26)