+ Preparação para a MOSTRA

COMBINAÇÕES...


1)A ideia principal era preparar algo que envolvesse toda a turma.

2)Usaremos máscaras, portanto cada um trará a sua pode ser confeccionada como cada um desejar ou então pode ser máscaras impressas do memetizando (aqueles bonecos do facebook, a maioria da turma preferiu imprimir estas que podem ser encontradas no seguinte site:  http://memetizando.com/
OBS: para padronizar todas as máscaras devem ser impressas ou confecionadas em tamanho A4.

3) Definimos algumas músicas que serão tocadas no decorrer da apresentação. São elas:
* The wall (que a professora trará o cd)
* Até quando/ Gabriel pensador (Daniele trará)
* Metamorfose ambulante (Quem trará?)


4) Todos devem vir de camiseta preta.

5) ATENÇÃO!!! Todos os alunos que forem participar da apresentação da amostra da pedagogia deve estar presente na aula da semana que vem as 8 hs.Para ensaio e produção de materiais.

6)Pensar na frase final e trazer ideias.



Abs e até lá!!!

PREPARAÇÃO PARA A MOSTRA 2011/2

Eis as palavras e frase escolhidas para a preparação da Mostra do Seminário, enviadas pela colega Mónica Molero Carriconde:


Experiência - Conceito - Influência

"As experiências de vida interferem nas nossas atitudes e comportamento, além de nos ajudar a ler o mundo e a influenciar as pessoas. A partir das nossas experiências formamos nossos conceitos de mundo."

* MAIS PALAVRAS ENCAMINHADAS PELO GRUPO DA COLEGA Daniele Braz...

Confiança
Desafio
Troca
Dificuldades
Alunos
Interação
Bem/mal

REFLEXÃO


E agora profess@r, o que eu faço? 

Entrei em muitos lugares neste semestre 
Observei todos como a ciência me ensinou 
Observei, mas talvez não tenha percebido 
Usei o método, mas não ousei os sentidos 
Fui olhar com olhos treinados... 
Como o cão de Pavlow 


Poderia estar vendo e dando visibilidade 
Poderia estar invisibilizando e inviabilizando 
Poderia ter visto o que eu não queria ver 
Poderia ter visto o que queriam que eu visse 
Certamente não vi o que estava invisível em 
mim 
Certamente não dei visibilidade ao que não 
enxergo 
Visitei espaços para ver o que eu queria ver ou 
visitei espaços para ver o que querem que eu 
veja? 


Esqueci de ver o que eu realmente vejo 
Esqueci que sou único 
Percebi que muitas vezes enxergo pelos olhos 
de outros 
Não que eu os veja, mas apenas os sigo 
Como sujeito sujeitado 
Treinado para ser invisível... 
Para invisibilizar 
Então, ordeno que me ordenem! 
Direi que é meu o desejo 
Que não é medo de ousar 
Que não é medo de esquecer 
Que não é medo de ser o que sou 
Talvez eu ache que ser eu, 
Seja ser o que os outros querem que eu seja 
Não falo mais o quê vejo, me adapto 
Não vejo mais o quero, me adapto 
Escuto o que quero, me adapto 
Respiro um sujeito, sujeito 


Se educo o que estou (ou o que sou) 
Devo estar sempre bem, 
Mas nem sempre bem estou, 
Então não educo tão bem, 
Se não educo tão bem assim, 


Talvez não deva querer educar ninguém 
Devo apenas sentir-me bem, 
Pois educar talvez seja ser alguém 
Alguém com quem se possa contar 
Alguém que consegue ser ele mesmo 
Com qualidades e defeitos 
Sem saber mais que ninguém 

Agora sei que não ensino 
Que não aprendo 
Mas que compartilho 
Agrego, ajudo, sou ajudado 
Que falo de um lugar no mundo 
Tão válido quanto outro qualquer 
Que meu papel é ser eu mesmo 
Sem um rótulo que me preceda 
A não ser, ser, estar, respeitar, amar 

Achei que ser autônomo 
Era o poder de ser eu mesmo 
Mas ser não é poder, 
Pois ser é equilíbrio 
Não ser bom nem ruim 
Não fazer o bem nem o mal 
Não ser professor nem aluno 
E ser todos eles 
Em respeito a todos nós 

Autonomia é ser 
É se conhecer e se aceitar 
É aceitar o outro 
E autonomizá-lo, não é ensiná-lo 
É permitir que ele seja ele mesmo 
Pois ser você mesmo 
É se descobrir 
É se sentir coletivo e individual 
É poder de não ter poder 
É saber ser parte de algo 
Como peça que se encaixa e completa 
Vital para o todo, mas peça 
Educativa, Cidadã, Encantadora, Vital 
(Adendo do Profº. Paulo Albuquerque, Seminário I)

Gelson Paz Jr. Jun-2008 

O que você achou do documentário ESTAMIRA?

***** Contribuição Renata Silva ********

Ao ver o filme Estamira confesso que fiquei um pouco chocada no início, pois o vocabulário utilizado no documentário é um pouco pesado. 
Pude perceber que a personagem principal não acredita em Deus, acredito que isso ocorra pelo fato de as coisas não darem muito certo na vida dela. 
Trabalhar recolhendo materiais recicláveis não é um trabalho fácil, é chuva e sol e os trabalhadores estão sempre em busca do seu sustento.
Penso que não podemos julgar ninguém, e se Estamira vive do jeito que vive, é porque é o modo como ela consegue e tem que viver. 

Com certeza este documentário me tocou muito, e mudou algumas das minha concepções. Ao estudarmos e analisarmos estes documentários, por mais chocante que seja a história, sempre vamos aprender algo novo.


***** Contribuição Daniele Braz ********

Confesso que quando começei a assistir o documentário achei que seria perda de tempo mas a história da Estamira foi prendendo minha atenção. O que me chamou muito a atenção foi que ela seguidamente fala que não acredita em Deus a analisando a história de vida dela, realmente ela passou por muitas coisas ruins e foi o que a fez acreditar que Deus é uma invenção do homem.
Ela sofreu muito na infância, vendo a tudo que aconteceu com sua mãe, o que o avô fez com ela, o pai e depois sofreu muito com a traição de seus maridos. Ela diz que deficiente mental é quem é imprestavel e isso ela não é. Ela trabalha no lixão e gosta de estar ali porque ela pode ser ela mesma e ali ela é feliz.


***** Contribuição Fernanda Carvalho ********

Primeiramente fiquei confusa e chocada com o vocabulário usado por ela durante todo o documentário. Mas ao longo do documentário, pude perceber que isso tudo se deu pelo sofrimento que ela passou durante a infância e que a acompanhou durante a vida adulta. Em alguns momentos, fiquei em dúvida se Estamira era realmente uma pessoa perturbada, pois em algumas partes ela falava e agia de maneira tão "normal". Uma parte que me chamou muito a atenção, foi quando ela chegou no lixão para trabalhar e colocou outra roupa, como se fosse o uniforme de trabalho, algo tão natural mas que me marcou bastante.
O documentário fez com que uma pergunta não saísse da minha mente: quantas Estamiras existem por aí, que passamos todos os dias pelas ruas, que trabalham como catadores de lixos e que simplesmente ignoramos por medo ou quem sabe preconceito? Mesmo depois de assistir todo o documentário e ler os comentários postados pelas colegas, ainda permaneço com a dúvida, será que a Estamira é realmente uma pessoa perturbada ou ela tem consciência do que está falando?


***** Contribuição Vanessa Veríssimo ********

O documentário sobre “Estamira” aborda assuntos polêmicos sobre Deus, distúrbios mentais, violência física e psicológica, família e medicação. 

No caso Estamira, muito dessa “loucura”, como diz seu filho Hernani, se dá em função do sofrimento que ela passou a partir da infância. Cresceu vendo sua mãe ter crises de alucinação (astros negativos). Ela foi aliciada pelo avô, que a induziu à prostituição; seu pai a chamava de “lerdinha”; presenciou a internação de sua mãe, que sofria maus tratos, entre os quais choques elétricos; também a traição dos maridos dentro da própria casa; a doação de sua filha caçula à uma voluntária do hospital, pelo seu filho mais velho, que o fez com intuito de protegê-la sem o seu consentimento; quando saiu do lixão para trabalhar em outro local e foi abusada sexualmente duas vezes, o que a levou perder a fé em Deus. Pergunta-se, então, seguidamente: “Que Deus é esse que permite o roubo, estupro, morte, e que não se pode nem sair de casa para trabalhar?” 

Quem não enlouqueceria? Quem não sofreria de distúrbios mentais? 

Estamira foi diagnosticada pelos médicos com quadro psicótico de evolução crônica, com alucinações auditivas, necessitando tratamento psiquiátrico continuado. Foi receitado para seu tratamento o uso de diazepam, medicação para controle da ansiedade, sedativo, relaxante muscular e que tem como efeitos colaterais sonolência, alteração de memória, confusão, entre outros. Estamira é contra tomar o remédio, alegando ficar mais louca com uso de diazepam. Para ela, os médicos fazem parte de uma “quadrilha” e prescrevem sempre a mesma medicação, dopando seus pacientes. E não existirá mesmo uma “quadrilha” ou “máfia” na indústria farmacêutica, mancomunados com alguns médicos? Remédios da moda? Normalmente é o que vemos em casos como de Estamira. As pessoas são tratadas com diazepam ou se crianças hiperativas, tratadas com Ritalina. Estranho, não?! 

Para Estamira, deficiente mental é quem é imprestável, e isso ela não é. Mas mesmo em sua perturbação ela consegue distinguir e reconhecer a sua própria deficiência. Hernani vê sua mãe como louca e possuidora de um poder maligno por não aceitar Deus. Já suas filhas não a vêem dessa forma, afirmando que sua mãe dizia muitas coisas com sentido. 

Estamira, uma mulher que criou seus filhos, trabalhava, produzia seu próprio dinheiro, cozinhava, tinha amigos, morava sozinha, tinha noção de certo e errado, dizia: “me trata como tu te trata, que dessa forma te trato”, gostava de ajudar alguém ou um bichinho, era vaidosa, unhas pintadas, usava anéis, tinha cuidado com a higiene, tudo conforme suas condições. Amava o Gramacho (lixão), assim como a seus filhos e amigos. Acho que essa mulher é mais lúcida e responsável do que muita gente por aí considerada “normal”. 

Além disso, acredito que a melhor medicação é o amor, o carinho, a dedicação e a paciência, independente de que seja necessário ou não o uso de remédios, pois cada caso é um caso, e como tal deve ser analisado em seus diferentes níveis e nas implicações que o uso ou não acarretaria ao paciente.

***** Contribuição Saritha Quadros ********

O Documentário conta a história de uma senhora que trabalha no Aterro Metropolitano de Gramacho, no Estado do Rio de Janeiro. Uma mulher sofrida pelo sentimento de mágoa que carrega do ex- marido, desde a época em que era casada. 

Estamira, em seu depoimento, mostra ter bastante conhecimento, enxerga a vida sem floreios, fala que não existem mais pessoas inocentes e sim gente que só quer se dar bem às custas dos outros, “os espertos”. Sobre o aterro ela comenta, que é um depósito de restos mas também um depósito de descuido. Entendo depósito de descuido de duas formas: A primeira fala sobre a não reciclagem do lixo pela sociedade, tornando o aterro um local altamente tóxico. E segunda forma de descuido que entendo, são as coisas boas que Estamira encontra no lixo, como um vidro de palmito, que talvez estivesse próximo de vencer a validade. 

Na visão da catadora de material reciclável, tudo é abstrato, inclusive ela. Fala sobre os espaços de existência, eterno, infinito, além e além dos aléns, numa confusão entre lucidez e delírio. Pra Estamira, a morte funciona com a “forma transparente” do ser. Comenta sobre a existência de um “controle remoto superior natural” que entendo ser o movimento perfeito da mãe natureza e tudo que ela envolve. O outro é um controle remoto artificial, produzido pelos cientistas os quais ela denomina de “Deuses”. Esses Deuses detêm o poder sobre as coisas artificiais, que são de nossa necessidade, e por isso também nos controlam. 

Em seu testemunho, Estamira lembra um pouco de sua infância, e num tom nostálgico, de como seu pai a chamava e do desaparecimento dele. Deixou de ser religiosa e não acredita mais em Deus. A trabalhadora diz que é uma pessoa ruim, mas não é perversa. Comenta que o “ciente é o saber. E as pessoas que vão à escola aprender a ler e a escrever, estão mesmo é copiando hipocrisias e mentiras. 

No depoimento de Estamira, percebi uma lucidez e coerência, talvez observado de modo geral como um mundo próprio, desatinado e insano. Ela enxerga muito mais a realidade, da existência humana e espacial, do que as pessoas que julgam deter o conhecimento.


***** Contribuição Graziela Balbinoti ********

Gostei bastante de conhecer a história desta senhora chamada Estamira, através deste documentário bem desafiador como disse a colega Deise, que se não fosse pelo documentário provavelmente não daríamos importância a esta mulher. Sua história de vida me chocou bastante e também percebi a sua revolta por tudo o que passou na vida assim não crendo mais em Deus ao dizer que Deus é esse que só fala de guerra e não sei o quê? Também não entendi o que ela quer dizer com a palavra "trocadilo" quando diz que é o trocadilo que o terá criado? Deus. E entre outras frases que ela usa a palavra trocadilo. Estamira fala muitas frases que nos fazem pensar como a de que o homem é o único ser condicional e que trabalho é diferente de sacrifício e sua história acaba mostrando a realidade de muitos brasileiros.

***** Contribuição Daniela Antunes ********

Acho que é muito difícil pra nós olharmos Estamira com olhos iguais, sem julgar a vida que ela vive, do modo que ela escolheu viver, como ela mesma afirma que vive daquela maneira por que ela escolheu e é aquilo que ela mais ama fazer. 

Quando falo na maneira que Estamira vive, estou me referindo ao trabalho naquele lixão, que em minha concepção é desumano, e como ela mesma afirma, aquelas pessoas que ali trabalham, são libertos disfarçados de escravos. Concordamos que se trata de uma afirmação muito lúcida para uma pessoa com problemas psíquicos. 

Ela odeia com todas as forças aquela em que chamamos de Deus, para ela Deus é uma invenção dos homens. O filho de Estamira acredita que sua mãe é possuída por demônios e por isso tem alucinações e muitas vezes não diferencia o real do imaginário. Eu em contrapartida não julgo estar certo nem a versão de Estamira, nem tão pouco a de seu filho. Embora em nosso mundo muitas vezes nós acreditamos em simpatias, anjos e demônios, mas o fato de muitas pessoas acreditarem na mesma informação não significa que ela seja verdadeira. 

Não sou médica psiquiatra, por isso não posso dar nenhuma opinião sobre as alucinações de Estamira. Mas, posso falar que ela, é fruto de uma sociedade desigual, e assim como ela existem muitas pessoas, as quais não “enxergamos”. Em uma alucinação, Estamira afirma que todos nós dependemos dela. Naquele momento tive a certeza que sim, todos nós queremos que alguém recolha e recicle seu lixo, mas ninguém quer fazer. O que seria da cidade se não tivessem as Estamiras?! Você seria capaz de permanecer lúcido vivendo em condições desumanas de higiene e violência?

***** Contribuição Ana Claudia Landi ********

Confesso que não foi nada fácil para mim assistir esse documentário. Minha opinião sobre Estamira mudou diversas vezes durante o filme. Fui bem preconceituosa no inicio, imaginei que ela falaria um monte de bobagens, por aparentar ser bem perturbada. Como ela começou falando de uma maneira bem alucinada, pensei que não passaria disso, um monte de palavras doidas misturadas.

Mas aos poucos fui percebendo que muito do que ela fala, mesmo sendo bem confuso, são coisas que fazem sentido. Então comecei a concordar com ela, principalmente quando ela fala sobre economizar, o discurso estava ficando muito bom até ela começar a colocar a culpa de todos os problemas em Deus e querer ser mais que Deus. Percebi que ela usa muitas frase para se referir a ela mesmo, como é usado na bíblia para se referir a Deus. Então foi assim que começou a ficar bem difícil assistir o resto do filme. Não é nada fácil ouvir coisas que ofendem tudo aquilo que acredito. Mas foi ouvindo a história dos sofrimentos dela, que fui entendendo porque ela odiava tanto a Deus e se revoltava tanto quando tocavam no nome dele. O que sei eu dos sofrimentos da vida para julgar os motivos de todo esse rancor que ela guarda? Isso é entre ela e Deus somente. 

Então foi assim, concordando com algumas coisas que ela falou e me revoltando com muitas outras, que fui vendo o documentário até o final. Até agora não sei nem o que pensar sobre ela, se ela é uma pobre coitada que não sabe o que fala, ou uma pessoa que sabe muito bem o que fala, ou um pouco dos dois, quem sabe. Só Deus sabe. 


***** Contribuição Deise Machado Massena********

É um documentário desafiador, uma vez que precisamos ver e ouvir alguém que não costumaríamos dar atenção senão nesta situação. Uma pessoa visivelmente perturbada e ela mesma a Estamira admite isso, diz que embora perturbada é lúcida. Não há dúvidas que ela tem momentos de sanidade e vê e diz coisas que muitas vezes não percebemos e sequer pensariamos que alguém como ela raciocinaria. Sua infância muito sofrida, com violência física e mental deixaram marcas profundas e inesquecíveis das quais ele nunca conseguiu superar, devido à esses sofrimentos provavelmente expliquem a aversão que ela tem sobre a ideia que Deus exista, tanto é que ela diz que "Deus é algo inventado pelos homens", e ela não acredita nesse Deus que permite as desgraças. Inclusive ela se acha superior a Deus.

Estamira, formato par no mundo heheh, vive em um lixão filosofando sobre os acontecimentos da vida e valoriza muito este lugar onde ela mesma disse que lá ela descobriu a felicidade e pode ser ela mesma.É dificil ficar tanto tempo assistindo uma pessoa desequilibrada falando, gritando, esbravejando, mas certas coisas que ela fala mesmo dentro da sua insanidade ela cita frases de lucidez, como no momento em que diz que os médicos se acham Deuses, e ela não aceita "se dopar".

Vivendo numa realidade tão difícil, deve ser preferível não tomar os remédios e assumir a pessoa que é. 

Durante o filme lembrei de uma frase que combina com a Estamira:
"Sou louco porque vivo em um mundo que não merece minha lucidez."